Em agosto deste ano, beneficiários do Bolsa Família enviaram R$ 3 bilhões para empresas de apostas, segundo o Banco Central. Esse valor representa 20% do total gasto pelo governo no programa no mesmo mês. Dentre os 5 milhões de apostadores, 4 milhões são chefes de família, que juntos gastaram R$ 2 bilhões.
O que revela um padrão preocupante: 17% dos beneficiários participaram de apostas. O presidente do BC, Roberto Campos Neto, classificou o crescimento das apostas esportivas no Brasil como “preocupante”, destacando o risco de aumento na inadimplência entre famílias de baixa renda. Os dados mostram que as transferências mensais para apostas variaram entre R$ 18 bilhões e R$ 21 bilhões em 2024, com a maioria dos apostadores tendo entre 20 e 30 anos.
O Banco Central também alertou que muitas empresas de apostas operam sem a devida regulamentação, dificultando o controle do setor.
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